28 novembro 2011
ANDAR À LEBRE
18 novembro 2011
... E ASSIM NASCERAM AS REAIS REPÚBLICAS!
E foi este, segundo diversos estudiosos, o clique que fez nascer as Repúblicas!
E esta questão de "não ter de dar cavaco" – a autonomia das Repúblicas – é algo que está na sua essência, no seu ADN, que me parece nem sempre ter sido devidamente valorizado em análises que tenho lido sobre a história das Repúblicas. Porque uma República não é um lar de estudantes! Não foi fundada pelo reitor, nem pelo bispo nem pelo rei. E é por isso que não comungo da opinião de que tenha sido D. João III quem instituiu as primeiras Repúblicas (para mim, um contra-senso; as Repúblicas são fundadas pelos próprios repúblicos)! Nem percebo que as raízes das repúblicas possam estar em D. Dinis (uma República é muito mais do que um aboletamento partilhado)!
Como qualquer ser vivo, as Repúblicas nascem, vivem e morrem. Mas perduram no tempo para além do tempo universitário dos seus fundadores e continuadores mais próximos. Sem os esquecer, ganham vida própria.
Nota: Este post, publicado inicialmente em 18/11/2011, foi revisto em 09/09/2017.
03 novembro 2011
DAS LATADAS À FESTA DAS LATAS (Parte II)

Meu nabo, meu grelo
Sinto prazer em vê-lo
Nada há mais belo que o grelo
Que o grelo do nabo
Que o nabo do grelo
Haveria serenatas aquando das Latadas?
Não me recordo de haver serenatas por altura das Latadas, mas eu não sou testemunha fidedigna, já que a minha atenção estava então virada para o yé-yé. Porém, numa conversa que tive em tempos com o saudoso Augusto Camacho Vieira (cantou em Coimbra entre 1945 e 1953) ele referiu-me as serenatas das Latadas, sem que tenhamos aprofundado o tema. E também José Niza (Fado de Coimbra, Vol I, 1999) se referiu à existência de serenatas celebrando as Latadas nas escadarias da Sé Velha. O facto é que, ao procurar o rasto destas pistas, apenas encontrei mais uma notícia sobre tais eventos num texto de António José Soares (Saudades de Coimbra, 1934-1949, 1985):
«Outubro 1947: Deitaram fitas, em conjunto, os
quintanistas de Direito e de Ciências. Dias depois o curso do IV ano de Direito
festejou a imposição de insígnias com um almoço de confraternização, uma
serenata na Sé Velha e um grande cortejo para que foram mobilizados todos os
caloiros, muitos dos quais tocavam estranhos instrumentos».
Curiosamente,
quer pela data em que ocorreram quer pelas suas características, tudo indica
que estes acontecimentos tenham sido o embrião das Latadas que acima tenho
vindo a abordar. Mas será que as serenatas em dia de Latada se ficaram por 1947
ou terão continuado depois disso?
Ao
rever este post em Out/Nov 2022, procurei aclarar esta questão junto dos
frequentadores do grupo do Facebook “Penedo d@ Saudade - TERTÚLIA”, bem como
de alguns amigos a quem enviei e-mails. Dos não directamente envolvidos no fado
de Coimbra, ninguém se recordava de serenata alguma por ocasião das Latadas.
Quanto aos restantes, o viola Levy Baptista (anos 50) disse-me peremptoriamente
que, no seu tempo, as Latadas nunca tiveram nada a ver com serenatas na Sé
Velha; e o viola Rui Pato e o guitarrista Manuel Borralho (ambos dos anos 60)
disseram não guardar tais serenatas na memória. Mas Arménio Santos, cantor dos
anos 60, confirmou-me que cantou na serenata da Latada de Letras de 1967 na Sé
Velha, quando a sua namorada – hoje sua mulher – pôs grelo, sendo que ela própria
também se recorda, só não sabendo dizer se foi na noite da véspera se na noite
seguinte à Latada. Terá esta serenata sido um caso isolado? Não o creio. Mas,
em face dos restantes depoimentos, admito que tais serenatas também não fossem
a regra.
[2] Foto pertencente ao acervo do autor. A caminho do mercado D. Pedro V na manhã da Latada de Ciências de 1965. Da esquerda para a direita, António Dias Figueiredo, Luís Filipe Colaço, Maria Cláudia Carneiro (hoje M. C. C. Veloso) e Zé Veloso.
14/11/2022
26 outubro 2011
DAS LATADAS À FESTA DAS LATAS (Parte I)
Daqui a pouco, à meia-noite, começará no largo da Sé Nova (Largo da Feira dos Estudantes) a serenata que irá marcar o início da Festa das Latas, cujo ponto alto será o cortejo da Latada, alguns dias mais tarde. Nas próximas noites o Queimódromo/Praça da Canção encher-se-á de malta para assistir aos concertos de um cartaz que, venha quem vier, será sempre um bom pretexto para manter a animação durante esta espécie de mini-Queima de Outono.
Sobre este período, há uns quantos depoimentos publicados em livro, deles se percebendo que, para além de variantes diversas, nunca o essencial se alterou: caloiros a correr por Coimbra afora que nem loucos, debaixo de um barulho infernal, protegidos da praxe por tudo quanto fosse elemento metálico barulhento, atado por barbantes ou arames aos tornozelos, à cintura ou aos pulsos, em busca de uma emancipação que chegaria no final da corrida. Pelo caminho – fosse ele da Porta Férrea à Portagem ou de Santa Clara até à Porta Férrea – lá estavam os doutores de piquete, munidos de bengalas e mocas, tentando fazer soltar as latas, na expectativa de uma imediata rapadela daqueles que perdessem o seu "escudo protector". Como em todas as estórias com final feliz, há notícias de confraternizações e abraços entre uns e outros no final da refrega.
07 outubro 2011
CONJUNTOS ACADÉMICOS DA COIMBRA ANOS 60

Ao lado, capa do single Sonoplay SP 20.002 - 1969, com "Peter and Paul" e "Flip Side".
A música era do Rui Ressurreição e estava já pronta, depois de uma tarde passada a partir pedra na sala de ensaios que ocupávamos na ala nordeste do edifício da Associação Académica. Faltava a letra e o Rui sugeriu que a pedíssemos ao Zé Niza ou à Isabel, sua mulher, cuja formação em Germânicas facilitaria a escrita bilingue. Lá mais para a noite, estávamos no Mandarim, o café onde sempre poisávamos, numa das mesas debaixo das escadas que ligavam ao andar de cima. Chega o Zé Niza, ouve o trautear da melodia – muito simples, como era timbre da época – pede-se um guardanapo ao Sô Talina e, enquanto se beberrica mais um fino, é esboçada a letra em português, que viria a ser parcialmente retrovertida pela Isabel e a receber o nome de Peter and Paul. Aqui ficam as duas primeiras quadras:
I don't know the reason
While Peter is hungry
Paul eats everyday
Eu não sei porquê
Se Paulo tem casa
Seu irmão não tem

Foto tirada nos estúdios da RTP, numa fase em que António Portela ainda fazia parte do grupo e em que José Niza tinha interrompido os estudos, sendo Proença de Carvalho o guitarra. São eles, a partir da esquerda: António Portela, Joaquim Caixeiro, Rui Ressurreição, José Cid e Daniel Proença de Carvalho.
Mais tarde, os quatro instrumentistas da Ligeira do Orfeão formaram o Quarteto de Jazz do Orfeon. Mário Castrim, o verrinoso crítico televisivo do Diário de Lisboa, tentou deitá-los abaixo por não conceber um quarteto de jazz sem metais e com guitarra eléctrica, o que muito enfureceu o Zé Niza, que lhe remeteu de presente uma lista de consagrados quartetos de jazz com idêntica formação.
Na foto, a partir da esquerda, António Portela, Luiz Cabeleira, José Cid, Igrejas Bastos e Rui Nazareth.
De 1960 a 1962 foi a era dos Tigres. Com Abílio Soares no contrabaixo e Zé Carlos Nascimento Costa na bateria, tinham como pianista Amândio Cruz, como acordeonista António Oliveira Santos e, na guitarra eléctrica, o Frias, que tocava o Guitar Boogie como ninguém mais em Coimbra. Curiosamente, o Frias, que conheci agarrado à guitarra eléctrica, viria depois a abraçar a guitarra de Coimbra, ficando mais conhecido por Frias Gonçalves.
Na foto, os Tigres no Café Nicola em 4/2/1961. A partir da esquerda: Abílio Soares, Aroso (técnico de som), António Oliveira Santos, Amândio Cruz, Frias e Nascimento Costa.

Nelson Martins e seu Conjunto nas Patelas. A partir da esquerda, no plano superior da foto, Braga da Cruz e Marinheiro (amigo do grupo); no plano inferior, Nelson Martins, Marinela e Frias.
Também por esta altura, 1962/63, apareceram os Beatniks, conjunto que não terá durado mais do que um ano. Nele tocaram o Rui Ferraz ao piano, o Abílio Soares (ex-Tigres) no contrabaixo, o Maia de Carvalho na bateria e, na viola, nada mais nada menos do que o Rui Pato , mais conhecido por ter acompanhado Zeca Afonso durante largos anos mas que não deixou de fazer, também ele, uma perninha nos conjuntos de baile.
Lembro-me ainda dos Alybaba e do Conjunto Braga da Cruz, que tinham como líder o Armando Braga da Cruz (ex-Nelson Martins) e a que pertenceram o Ivo, o Aragão, o Marinheiro e o Victor Ferreira.
Mas poucas referências tenho do conjunto onde tocava o Cabeleira e seu irmão mais novo (um putozito), conjunto que me parece ter tocado no baile de estreia dos Álamos no salão da FNAT, à Estação Nova.
E não gostaria que ficasse esquecido o papel precursor da Orquestra Ligeira da Tuna (anos 50), e também o da Orquestra Ligeira do Orfeon Misto (início dos anos 60), onde a Marinela tocou acordeão e o Chico Brito tocou piano e foi vocalista.

Na foto, ainda antes dos smokings reluzentes, numa indumentária muito jovial: a partir da esquerda, Tózé Albuquerque, José Santos Andrade, Júlio Maia, Zé Tó (José Augusto) Gouveia e António Santos Andrade.
Estávamos em 1962, às voltas ainda com Bill Haley & His Comets, Paul Anka, Marino Marini e Françoise Hardy, quando nos chegam de Inglaterra os ecos de Cliff Richard and the Shadows a tocar The Young Ones e, de França, o som dos Les Chats Sauvages com Est-ce que tu le sais e Twist à Saint-Tropez. Foi a revolução! O piano tinha ido às malvas! O contrabaixo, atirado para o lixo, dava definitivamente lugar à guitarra-baixo. Toda a força estava agora em três guitarras eléctricas sem caixa de ressonância – os "bacalhaus" –, ora "rockeiras" ora roçando uma maviosidade piegas, secundadas por uma bateria e um vocalista. Quase em simultâneo, chegavam-nos os Beatles, com o mesmo instrumental mas onde a função do vocalista era desempenhada pelos três guitarras, que berravam desalmadamente: yeah, yeah, yeah! Entrávamos, assim, no reino dos conjuntos yé-yé!

Foto tirada em 63/64 no varandim do Bar das Medicinas. A partir da esquerda, de pé: Zé Veloso e Chico Faria; abaixados: Luís Colaço, Nuno Figueiredo e Duarte Brás.

Capa do EP da Rapsódia EPF 5.305. A partir da esquerda, em cima: Chico Faria, Zé Pereira e Zé Veloso; em baixo: Duarte Brás e Luís Colaço.
Naturalmente, os Álamos não foram os únicos a aderir à moda das três guitarras, tendo aparecido outros, dos quais destaco, por ordem de entrada em cena:
- Os Lordes, onde o solista era o Nelo Brito, o viola-ritmo e segundo vocalista era o Luís Requixa (que tantas vezes me emprestou o seu casaco de cabedal para as minhas performances nos Álamos...), o baixista era o Zé Eduardo Costa, e o baterista e vocalista principal era o Luis Monteiro. Foram o segundo conjunto de três guitarras a aparecer em Coimbra, quase um ano depois de terem surgido os Álamos. Composto por malta bastante nova, o conjunto estreou-se no Natal de 1963 e dissolveu-se em 1966;
Foto dos Lordes no Escadote (Quinta das Lágrimas). A partir da esquerda, de pé: Luís Monteiro e Nelo Brito; sentados: Zé Eduardo Costa e Luís Requixa.

- Os Protões, grupo composto por malta do Bairro Marechal Carmona (hoje, Norton de Matos): Nóbrega Pontes na guitarra-solo, António Carlos Couceiro na guitarra-ritmo, Fernando Dias (Nando) no baixo, Jorge Carvalho (Jó) como vocalista e, na bateria, Zézé (José Eugénio) Eliseu, neto do maestro José Eliseu, compositor da música da Balada de Coimbra;
Foto dos Protões. A partir da esquerda: de pé, Nóbrega Pontes, Zézé Eliseu e Jó; no primeiro plano, Nando e Couceiro.
- Os Cocktails, "conjunto-cometa" formado para concorrer ao Concurso Yé-Yé do Teatro Avenida em 66, concurso a que não concorreram os conjuntos já "consagrados" (Álamos, Lordes e Boys) e que os Cocktails acabariam por ganhar. Terminado o festival, não foram longe;
- Os Pops, que juntaram malta dos Lordes, Protões e Cocktails, onde solava o Luís Romão, era viola-ritmo o Joca Colaço (que chegou a integrar os Álamos numa temporada de Verão na Madeira), era baixista o Nando, baterista o Luís Monteiro e organista (uma novidade!) o Kali (João Carlos Mota). Congregando a nata dos músicos yé-yé da geração mais jovem, tocavam de forma agressiva, bem ritmados, virados para um público-alvo teenager. Porém, tendo-se formado em 1967, o pouco tempo de vida (2 anos) não deu para deixar grande rasto fora de Coimbra;
Na foto ao lado, a partir da esquerda, Fernando Dias (Nando), Luís Romão, Luís Monteiro, Joca Colaço (irmão do Luís Filipe Colaço dos Álamos) e Kali (João Carlos Mota).

- Os In loco, posteriores à desagregação dos Protões, compostos pelo Frederico Aguiar (guitarra-solo), pelo Jorge Gomes (guitarra de 12 cordas), pelo Tójó – António Jorge Simões – (guitarra-baixo), pelo Zézé Eliseu (bateria) e pelo Rui Mesquita (vocalista).
Na foto, a partir da esquerda: Carlos Correia, Tonã Vieira Lima, Alexandre Reboxo Vaz, Victor Ferreira e Luís Manuel Matos (Manecas).
Concorreram ao Concurso Yé-Yé do Teatro Monumental, em Lisboa, tendo ganho a 11.ª eliminatória em Nov/65. Um dos temas que mais gostava de os ouvir interpretar era o She's not there dos Zombies.
A malta dos Boys vivia na Cumeada, tal como eu. Ainda no liceu, sonhávamos com a possibilidade de vir a tocar em público. Numa bela noite, pelas fogueiras do S. João, ainda não havia Álamos nem Boys nem o mais que fosse, dei comigo a tocar meia dúzia de músicas com o Manecas, o Tonã e o Victor Ferreira num assim chamado "baile de sopeiras", no campo de basket dos Olivais, de onde só não fomos corridos porque, no meio da refrega corpo-a-corpo, a música era o que menos interessava a quem se espremia na pista (e as falhas de ritmo até deviam dar jeito). Tocámos então com os instrumentos do conjunto de serviço – Ilídio Martins – que era o melhor conjunto futrica de Coimbra. Foi a primeira vez que agarrei numa guitarra eléctrica e que o Tonã se sentou numa bateria, pois que, até então, eu só tocara na minha velha viola de cravelhas de madeira e ele só batera baquetas num caixote de tabuinhas.

Voltando aos Boys, de 66 para 67 o grupo apareceu transfigurado em Hi-Fi, a tocar de forma muito "profissional", com novo baterista – Tó Freitas – e a novidade de ter como vocalista uma rapariga – Ana Maria Delgado – coisa nunca vista no meio dos conjuntos yé-yé. Gravaram, então, um 45 rotações com 4 faixas – todas em inglês, como não podia deixar de ser – disco que teve a colaboração do Rui Ressurreição (órgão, piano e arranjos) e que ficou muito bom. Entretanto, saiu a Ana Maria, e o Luís Monteiro tomou o lugar do Tó Freitas, passando o Boris e o Luís Monteiro a assumir as principais despesas do naipe de vozes. Antes de se dissolverem, ainda gravaram um segundo EP.
Capa do primeiro EP, Parlaphone LMEP 1271 -1967 com "I call your name", "Back from the shore", "Three days of my lyfe" e "Words of a mad". A partir da esquerda, Boris (Carlos Correia), Ana Maria Delgado, Manecas (Luís Manuel Matos), Tó Freitas e Xana Reboxo Vaz.
E os conjuntos académicos dos anos 60 foram-se dissolvendo um após outro, à medida que os músicos iam acabando os seus cursos – ou eram chamados para a tropa – e a dança se transferia dos salões de baile, do Bar das Medicinas e dos ginásios de liceu para as boîtes e discotecas.

Capa do single Sonoplay SN 20.191 -1969 com "It's a new day" e "Stop that game". A partir da esquerda, Luís Colaço, Rui Ressurreição, Zé Pereira, Boris (Carlos Correia), Zé Veloso e Tózé Albuquerque.
Com as novas entradas, o conjunto ganhou melhores músicos e passou a integrar também teclas (órgão em palco, órgão e piano em disco). Aumentou-se a complexidade dos arranjos. Subiram a qualidade musical e o cachê. Mas o grupo manteve-se sempre ligado à vida académica, sendo que, já no passado, tinha acompanhado em várias digressões o Coro Misto e o Orfeon Académico. E sempre terminava as actuações com I saw her standing there, tal como o Orfeon as terminava com o Amen, até ao dia em que tocámos pela última vez, talvez em Abril de 1969, num baile que não ficou na memória de ninguém. Era suposto que o conjunto terminasse em beleza na Queima das Fitas mas nesse ano não houve Queima e foi cada um à sua vida sem qualquer despedida, que os exames vinham a caminho e a profissão de músico não estava nos nossos horizontes.
No meio de tanta gente aqui citada, alguns deles músicos de primeira água, muito poucos foram os que se profissionalizaram. Que eu saiba, apenas António Portela, José Cid, Nelson Martins, Luís Romão e Luís Monteiro. É certo que, na altura, não era fácil viver da música. Mas, claramente, os objectivos pessoais não passavam por aí... e por alguma razão estes grupos se denominavam «conjuntos académicos».
Que me perdoem os leitores, um texto que saiu mais extenso do que o habitual. Mas a morte inesperada do Zé Niza lembrou-me que outros companheiros se foram embora já. Alguns deles, porventura, sem uma palavra escrita que ficasse a recordar a sua passagem pela música que também e (tão bem) se fazia em Coimbra, pois que nem só o fado e a balada por lá se tocavam e cantavam. Foi a pensar em quantos me acompanharam e, em especial, na memória dos que nesta data já partiram, que a crónica de hoje foi escrita.
Um abraço para todos eles. E a saudade que nos deixam o Zé Niza, o Rui Ressurreição, o Manecas, o Luís Requixa, o Joca Colaço, o Nando e o Ciríaco.
NOTA: Esta crónica foi escrita inicialmente em 7 de Outubro de 2011, apenas com os dados que possuía de memória. Em Agosto de 2016, sem nada alterar ao espírito do escrito inicial, entendi dever completá-lo com dados entretanto recolhidos, quer sobre conjuntos que no texto anterior estavam em falta quer sobre nomes de músicos e outros detalhes que não tinham sido referidos ou que não estavam correctos.
Origem das fotografias:
Orquestra Ligeira do Orfeon Académico de Coimbra, Babies, Protões, Pops e Boys - blogue IÉ-IÉ (guedelhudos.blogspot.com)
Tigres - Frias Gonçalves
Nelson Martins e seu Conjunto - Frias Gonçalves e Marinela St. Aubyn
Scoubidous - Júlio Maia
Lordes - José Eduardo Costa
Álamos - acervo dos Álamos